La Habana é assim. Simples, despretensiosa, afável e desenrascada!
Gostei. Gostámos. Da cidade, que apesar de tão degradada nos encanta, das pessoas, do ritmo, da vida.
Chegámos numa 6ª f de noite e ficámos apenas o fim de semana, que aproveitámos ao máximo.
Um dia por nossa conta, em que explorámos zonas menos turísticas da cidade, conhecemos malta de lá e nos apaixonámos pela simplicidade de vida e honestidade de caráter (sim, até para enganar há que ser honesto, por mais estranho que possa parecer!).
Um dia de visita turística guiada - La Habana mais bonita, mais composta para receber o turista. Gostámos de conhecer, claro, mas o que nos encantou mesmo foi o primeiro dia.
O contacto direto, as pessoas, a simplicidade de viver cada dia. A sinceridade. Os esquemas para ganhar dinheiro. Sim, visitar Cuba é também ser levado por um ou outro esquema, faz parte! É a forma que têm de ir vivendo com o mínimo de condições. Os ordenados são baixos e os bens incluídos na cesta básica de racionamento cada vez menos pelo que há que arranjar trabalhos / esquemas alternativos para desenrascar - "Esta é a cara de Cuba (Centro Habana)." - dizia o nosso amigo Eduardo.
Visitámos paladares, museus, comemos bolos típicos na rua, comprados em pesos cubanos e não em CUC, e simplesmente passeámos pelas ruas a desfrutar o ambiente (La Habana é uma cidade segura, o que me surpreendeu pela positiva).
Para mim valeu. Valeu muito mesmo! Não pela beleza da cidade em si, que essa está extremamente degradada, mas por todo o ambiente e pelo encantamento que é visitar La Habana.
"Então Eduardo, e o que mudou desde que mudou o governo?"
"Tudo!!! Mira, tenho telemóvel, agora temos internet, podemos falar com os turistas à vontade. Cambiou todo."
Cuba parou no tempo e, agora, está a mudar a um ritmo acelerado (ainda que nos pareça que não). A visita vale precisamente pelo que ainda é "o rosto de Cuba".
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